O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) já se dirigiu mais de uma vez à Associação Comercial do Paraná (ACP) para informar todos os procedimentos adotados pelas operadoras do transporte coletivo, durante essa pandemia do coronavírus, a fim de garantir a saúde de seus colaboradores e passageiros.
Alguns exemplos: 1) a oferta de ônibus hoje é de 80% do que era antes da pandemia, enquanto a demanda de passageiro está em apenas 38%; 2) nos principais terminais, o acesso é controlado por fiscais da Urbs e agentes do Exército para que o ônibus rode com no máximo 50% de sua capacidade; 3) a higienização foi reforçada nas garagens e terminais, e a Prefeitura de Curitiba também está ajudando nessa tarefa, garantindo a limpeza das estações-tubo; 4) cumprimento rigoroso de todas as determinações dos órgãos de saúde e do Ministério Público do Trabalho; 5) as empresas já realizaram diversas campanhas de conscientização junto aos passageiros para que evitem aglomerações e tomem todos os cuidados de prevenção, inclusive plotando ônibus com máscara.
Portanto, o presidente da ACP, Camilo Turmina, está errado ao supor que novos casos confirmados de coronavírus estão ligados ao transporte coletivo. É só um pensamento equivocado, mas, dito por um representante do comércio paranaense, ganha ar de verdade e prejudica todo um trabalho levado muito a sério por profissionais competentes. O Setransp pede que haja mais conhecimento e responsabilidade nesse tipo de manifestação – que é individual, pois as operadoras sabem que a maior parte do comércio é composta por empresários sérios e responsáveis.
Vale lembrar, ainda, que boa parte dos profissionais de saúde utiliza o ônibus para chegar aos locais onde vão combater essa pandemia, além de ser, para muitos, o único meio que garante o ir e vir. Por isso, o transporte coletivo é considerado um serviço essencial. O comércio deve apenas cumprir o horário recomendado de funcionamento.
O Setransp pede união nessa luta contra a doença. Se há falhas, elas podem ser corrigidas. O que não se pode é tomar o transporte coletivo como vilão, pois ele é um aliado da comunidade e também do comércio no enfrentamento dos problemas.