O impacto econômico à esteira do coronavírus já afeta de maneira brutal o transporte coletivo de Curitiba, a ponto de inviabilizá-lo se não houver socorro financeiro dos poderes públicos.
As empresas de ônibus obtêm receita para operar por meio da cobrança da passagem. Com queda de passageiros na faixa de 75%, não há recursos para fazer frente a todos os custos do sistema, como pessoal, combustível, financiamentos, peças, impostos.
Essa dificuldade é nacional. A Frente Nacional de Prefeitos enviou ofício à Presidência da República em que alerta para o descompasso entre oferta e demanda e pede investimentos para evitar o colapso no serviço de transporte público.
Não há dúvidas de que todos os negócios serão negativamente afetados. Mas é fundamental que o poder público priorize os serviços essenciais, caso do transporte coletivo.
Aliás, são os ônibus que vão garantir a movimentação de profissionais dos outros serviços essenciais e daqueles que precisam se deslocar para chegar ao posto de saúde, à farmácia e ao supermercado.
É urgente, portanto, que os poderes públicos criem um plano de socorro ao setor a fim de impedir o colapso do serviço. As empresas de ônibus de Curitiba estão em contato permanente com a Prefeitura e Urbs para, em conjunto, achar o quanto antes uma solução para o problema.