Em audiência na Câmara Municipal de Curitiba nesta sexta-feira (15) sobre a falta de segurança no transporte coletivo, as Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana informaram que já contribuem com ações para conter a violência e fizeram sugestões para aprimorar o combate ao crime.
O coordenador operacional Mauro Magalhães disse que as operadoras realizam um mapeamento das linhas e estações-tubo mais assaltadas e repassam essas informações aos órgãos competentes para que eles possam agir nos locais com mais incidência de roubos. Ele também lembrou que as empresas participam ativamente do Comitê de Segurança do Transporte Coletivo.
Magalhães disse que as empresas não são contrárias à instalação de câmeras. “Mas elas não são a solução. São, sim, um elemento a mais em busca da solução desse problema complexo.” Ele afirmou que, se as câmeras inibissem os assaltos, não haveria roubo a bancos, postos de gasolina e lojas do comércio.
O coordenador operacional disse que a retirada do dinheiro de dentro dos ônibus tem um resultado muito mais efetivo contra a violência no transporte coletivo.
Magalhães citou Campo Grande, Cascavel e São Paulo como exemplos de cidades que retiraram o dinheiro em circulação, e a queda no número de assaltos foi superior a 90%. “Hoje, em Curitiba, 40% dos passageiros ainda pagam a passagem em dinheiro. Temos que diminuir cada vez mais esse porcentual se quisermos diminuir os assaltos a ônibus.”
As empresas também querem que o botão do pânico, já presente nos ônibus e nas estações-tubo, dispare um alarme dentro do centro de controle da Polícia Militar, para que a ocorrência seja atendida de maneira mais rápida e eficaz.