Iniciativa das empresas de ônibus de Curitiba, a Operação Fura-Catraca diminuiu o número de invasões diárias no transporte coletivo de 4.068 em novembro de 2018 para 3.713 em agosto deste ano, queda de 9%, de acordo com pesquisa realizada pelas operadoras. O déficit na arrecadação caiu R$ 600 mil, de R$ 6,7 milhões por ano para R$ 6,1 milhões.
O levantamento mostrou também que, levando-se em conta apenas as estações-tubo alvos da Operação Fura-Catraca e em dois meses de projeto, a diminuição das invasões foi mais significativa, de 2.617 invasões diárias em novembro de 2018 para 2.163 em agosto deste ano, baixa de 17%.
“Os números são bem positivos e mostram que esse projeto está dando resultados”, disse o diretor-executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba, Luiz Alberto Lenz César.
A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.
A Operação Fura-Catraca foi lançada em 4 de junho. Equipados com carro e moto, controladores de acesso monitoram, em diferentes horários, as estações-tubo mais visadas por quem embarca sem pagar a passagem. Eles entregam um panfleto aos passageiros explicando a iniciativa e orientam sobre o modo correto de utilizar o sistema de transporte. O custo da operação é bancado pelas operadoras, sem nenhum repasse à tarifa.
Estudantes
Na segmentação por tipo de invasor e somando os sete dias pesquisados, o número de estudantes que invadem as estações-tubo caiu de 4.707 em novembro de 2018 para 2.932 em agosto deste ano, queda de 38%.
Essa significativa redução está ligada à concentração da Operação Fura-Catraca em estações-tubo próximas a escolas e ao trabalho em ações-surpresa da Guarda Municipal (GM) e de patrulhamento da Polícia Militar (PM).
A estação-tubo Passeio Público, que era a mais invadida no levantamento de novembro de 2018, com 1.462 invasões na soma dos sete dias, caiu para a 15ª posição em agosto deste ano, com 358 invasões na mesma base de comparação, baixa de 75%.
Nesse caso, além da Operação Fura-Catraca e das ações da GM, o anteparo implantado pelas empresas de ônibus nas laterais da plataforma também contribuiu para reduzir as invasões nesse ponto.
Rio Barigui
A estação-tubo mais invadida no novo levantamento é a Rio Barigui, sentido centro, com 625 invasões nos sete dias pesquisados. A mesma estação, no sentido bairro, ficou em quinto lugar.
“Essa estação sofre com grave falta de segurança e só vamos conseguir resolver esse problema trabalhando em ações específicas e estratégicas em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal”.
Metodologia
A pesquisa foi feita de 5 a 11 de agosto de 2019 – cinco dias úteis, um sábado e um domingo – em todos os 294 pontos de cobrança do transporte coletivo de Curitiba. O levantamento é uma contagem do número de invasões feita por cerca de mil cobradores em todas as estações-tubo e terminais, durante todo o período de funcionamento do transporte coletivo.